quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Ando com minha cabeça já pelas tabelas..."

Graaaaande Chico Buarque. Bom, mas esse post não é (exatamente) sobre ele.

O compositor escreve uma letra, compõe uma melodia, e nem imagina as interpretações que a dita cuja vai ganhar.

O diretor do filme escreve um roteiro, usa e abusa dos recursos audiovisuais, tudo isso para contextualizar o espectador. Mas ele não tem dimensões dos significados atribuídos a cada personagem e a cada diálogo.

Eu, particularmente, acho tudo isso o máximo ;)

Como muitos pesquisadores já constataram, produções artísticas (como obras de arte, filmes e músicas) são retratos de um período histórico, da cultura presente, que refletem a história de vida do indivíduo que a produziu e geram milhares de sensações aos espectadores.

Os três níveis de seleção da Análise do Comportamento (filogenético, ontogenético e cultural) explicam muito bem o processo de criação de um filme e as as milhares de interpretações que surgem como consequência. Pretendo me aprofundar neste assunto futuramente.

Temos muito o que aprender com a análise de produções artísticas. Inclusive, de como utilizá-las nos processos de aprendizagem, na clínica, etc...

Além disso, precisamos saber onde encontrar o nosso regozijo: seja assistindo um filme, ou lendo um livro, ouvindo uma música, etc, etc... Descobrir onde você pode encontrar os seus pequenos momentos de prazer é fundamental para diminuir as mazelas da vida ^^

Como já disse B. F. Skinner: "É suficientemente claro o valor da sobrevivência da arte, da música, da literatura, dos jogos e de outras atividades não associadas aos aspectos sérios da vida".


"Aspectos sérios da vida"... E parece que só a seriedade é valorizada atualmente. Uma pena.

OBS: Acredito que este blog terá vários posts de análise fílmica, uma das minhas paixões!

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