quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Um peixe, andando de triciclo...

Como dizem, "um homem sem religião é como um peixe sem bicicleta": natural e completo. Resumindo, religião seria uma invenção "desnecessária" (altamente funcional para alguns, mas isso é assunto para um outro post).

Hoje, sinto-me como alguém que já andou muito de carro (de carona, nunca dirigindo), e parece se esqueceu de que é possível ir andando. Eu explico: fui criada por uma mãe espírita e por um pai pertencente a um grupo seleto de católicos conservadores, mas nunca me senti pertencente a nenhuma religião.

Questionava a Bíblia desde o dia em que li algo sobre a Arca de Noé. Lembro-me como se fosse ontem: "Mas como assim, uma arca?" "E os dinossauros, não mereciam viver?" "Ninguém morreu na viagem?"... Uma criança, com medo por não acreditar em tudo aquilo (e apaixonada por dinossauros, rsrsrs! Nerd feelings).


(tirinha do Carlos Ruas, do ótimo Um sábado qualquer!)

Olha, já senti muito medo por ser tão incrédula, tão cética. Na adolescência, pesquisei sobre algumas religiões, tentando preencher alguma lacuna, buscando algo a ser defendido, acreditado, experienciado. Nada me completava, nem conseguia responder aos meus questionamentos.

Depois disso, passei alguns anos na incerteza e pseudo-aceitação: aquele meio-termo ingrato. Acredito que a maioria das pessoas já enfrentaram esta situação: "não sei se acredito, mas aceito certas imposições da sociedade. E evito questionar pra não gerar incômodo".

Bom, acho que esse é um bom começo...Em breve, postarei a continuação dessa história.

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